O vereador Elber Batalha usou a tribuna da Câmara Municipal de Aracaju para criticar a gestão da limpeza pública no município, destacando os impactos negativos da contratação da empresa Renova Ambiental e questionando a recente escolha da empresa Ramac. Durante seu pronunciamento, Batalha apontou uma série de inconsistências e falhas na execução dos serviços, que afetaram diretamente a qualidade de vida da população aracajuana.
*Críticas à Renova Ambiental: “Economia que se transformou em retrocesso”*
O vereador iniciou sua fala relembrando o discurso defendido pela Prefeitura de Aracaju, quando a contratação da Renova Ambiental foi anunciada. Segundo o poder público, a mudança visava uma economia de 30 milhões de reais para o município. No entanto, segundo Elber Batalha, essa promessa de economia se desfez na prática, e o que se viu foi um retrocesso nos serviços prestados à população.
Batalha destacou que, além da queda na qualidade da limpeza urbana, houve uma série de problemas graves. Entre eles, a redução nos salários dos trabalhadores, a diminuição do número de funcionários e a falta de equipamentos adequados para a realização do serviço. O resultado foi evidente: ruas com mais lixo espalhado, além de diversas greves e paralisações, muitas delas causadas por atrasos no pagamento dos salários e a ausência de reserva técnica de equipamentos.
O vereador também citou declarações da prefeita Emília Corrêa, que em uma entrevista afirmou que a Renova Ambiental demonstrou um total despreparo e falta de capacidade técnica para a execução do serviço, o que gerou uma situação de grande insegurança para a população.
*O impacto da contratação da Ramac: aumento de custos e falta de soluções*
A insatisfação com a gestão da limpeza pública foi ainda mais agravada com a recente contratação da empresa Ramac. Segundo Elber Batalha, o novo contrato, que prevê um valor 27 milhões de reais superior ao anterior, não resolve os problemas apontados. Além disso, o contrato da Ramac não inclui o serviço de coleta de entulho, que continuará sendo executado pela empresa AKSA, gerando dúvidas sobre a real necessidade da nova contratação e seus custos.
O vereador criticou ainda o fato de a Prefeitura ter optado por mais um contrato emergencial, em vez de seguir o processo licitatório regular que havia sido anunciado, o que segundo ele caracteriza um procedimento direcionado e sem a devida transparência. “A contratação da Ramac vem por preços ainda mais elevados que os praticados pela empresa contratada na gestão do antigo prefeito. O que se vê é uma mudança que não atende às necessidades da população, mas que aumenta os custos para o município”, afirmou Batalha.
*Sensação de insegurança e insatisfação da população*
Para o vereador, o que mais preocupa é a sensação de insegurança e insatisfação que toma conta dos cidadãos de Aracaju. A falta de confiança nas promessas da gestão municipal sobre a resolução dos problemas de limpeza pública é crescente. “A população já não acredita mais no discurso da Prefeitura. O que eles querem são soluções reais e definitivas para os problemas da cidade”, afirmou.
Elber Batalha finalizou seu pronunciamento destacando que, uma semana antes da substituição da empresa, a prefeita Emília Corrêa havia afirmado que a solução seria encontrada por meio de uma licitação regular. No entanto, a cidade se deparou novamente com um contrato emergencial, algo que, para o vereador, é reflexo de uma gestão que não soube, ou não quis, resolver de forma adequada a questão da limpeza urbana.
*O futuro da limpeza pública em Aracaju*
A gestão da limpeza pública em Aracaju segue como uma das questões mais críticas da administração municipal, e a troca de empresas e os altos valores envolvidos nos contratos são apenas a ponta do iceberg. O que se espera, segundo o vereador Elber Batalha, é que o município adote uma postura mais transparente e comprometida com o bem-estar da população, priorizando soluções duradouras em vez de medidas emergenciais e falaciosas.
A população aracajuana aguarda respostas e ações efetivas para um problema que, a cada dia, se agrava nas ruas da capital sergipana.