Na última sessão da Câmara de Vereadores de Aracaju, um ato machista ganhou destaque e despertou a necessidade de reflexão da sociedade sobre a persistência do machismo estrutural. O protagonista da polêmica foi o vereador Bitterncourt, conhecido por ser professor e militante de esquerda, e que, até então, não havia sido alvo de críticas públicas.
Emília, vereadora da cidade, tentou se manifestar na quarta-feira, 31 de maio, mas foi impedida. No entanto, na sessão seguinte, realizada nesta quinta-feira, 01, ela fez um discurso contundente para reprovar as atitudes machistas. Em suas palavras, ela ressaltou que a fala de Bitterncourt foi infeliz, desrespeitosa e machista, além de caracterizar uma clara forma de violência política de gênero, especialmente direcionada a ela.
“A ofensa descabida proferida pelo líder do prefeito, na Câmara de Vereadores de Aracaju, é um exemplo claro de violência política de gênero, e novamente dirigida a mim. O que fiz foi expressar, no momento em que tive a oportunidade no púlpito, minha indignação com essa ofensa. E para aqueles que acham que é apenas um ‘mi mi mi’, convido-os a imaginarem se a mesma situação ocorresse com um homem, será que a resposta seria a mesma? Com o mesmo tom?”, questionou a vereadora.
Emília ressaltou a importância do respeito no exercício da função pública, destacando que, fora do ambiente político, brincadeiras entre colegas podem até ser aceitáveis, desde que haja respeito mútuo. No entanto, quando se está no microfone, como figuras públicas e autoridades eleitas pelo povo, as palavras têm repercussão e são interpretadas de diversas maneiras.
“É fundamental que as mulheres sejam respeitadas em todos os lugares onde se encontrarem!”, finalizou Emília Correia, vereadora de Aracaju.
Essa situação lamentável na Câmara de Vereadores de Aracaju traz à tona a necessidade contínua de combater o machismo e promover a igualdade de gênero, garantindo que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas, independentemente do ambiente em que se encontrem.
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Por redação Alô Sergipe.
