A polêmica em torno da licitação do lixo de Aracaju ganha novos contornos com a descoberta de que 31 caminhões, além de duas pá carregadeira e uma caçamba, pertencentes às empresas baianas Renova e Aksa, estão estacionados em um sítio no povoado Tombo, no município de Salgado, desde janeiro deste ano. O fato levanta questionamentos sobre possível favorecimento e antecipação de resultados, uma vez que a contratação emergencial e a licitação definitiva ainda não haviam sido concluídas à época.
A Renova e a Aksa foram vencedoras dos dois lotes da licitação e, curiosamente, participaram de todos os lotes com lances que se complementavam. Em dois deles, uma das empresas ofereceu o menor preço, enquanto a outra entrou com valores mais altos, sem efetiva disputa, o que sugere uma possível combinação para garantir os contratos, caracterizando indícios de conluio.
Outro ponto intrigante é a localização dos veículos. Em vez de serem deslocados para Aracaju, onde seriam utilizados, os caminhões permaneceram ocultos em Salgado. De acordo com o vigia da área, os veículos estão no local há meses, reforçando as suspeitas de que as empresas já se preparavam para assumir o serviço antes mesmo da definição oficial do certame.
As denúncias aumentam a pressão sobre a transparência do processo licitatório e colocam em xeque a legalidade da concorrência. Com indícios de irregularidades e possíveis manobras para garantir o contrato milionário, a novela da licitação do lixo de Aracaju está longe de um desfecho.
O Portal Alô Sergipe entrou em contato com as empresas e a Emsurb e não obtivemos retorno até a publicação da matéria.
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Por redação Alô Sergipe.