A operação da empresa Renova Serviços de Coleta Especializados na Bahia já foi manchete negativa, e agora a pergunta que precisa ser feita é: Aracaju seguirá pelo mesmo caminho? O Ministério Público da Bahia (MP-BA) apontou que a empresa recebeu milhões dos cofres públicos sem prestar integralmente os serviços contratados. Um esquema que, segundo a denúncia, lesou os contribuintes, configurando improbidade administrativa.
Mas e na capital sergipana? O contrato milionário firmado entre a Renova e a Prefeitura de Aracaju desperta questionamentos inevitáveis. Quem fiscaliza a execução do serviço? O dinheiro do povo aracajuano está sendo bem empregado?
A denúncia do MP-BA revela um padrão preocupante: pagamentos mensais feitos sem qualquer desconto, ainda que parte do serviço fosse realizado com maquinário e funcionários da própria prefeitura de Iaçu. Em outras palavras, o município pagava duas vezes. Se a empresa já mostrou esse modus operandi em outra cidade, qual a garantia de que em Aracaju o serviço está sendo prestado na totalidade?
Outro ponto que chama atenção é a estrutura da própria Renova. A empresa, que movimenta milhões, tem sua sede no interior da Bahia e não possui sequer uma garagem para abrigar sua frota. Como uma empresa sem infraestrutura básica consegue contratos tão vultosos?
A história nos ensina que onde há fumaça, há fogo. Transparência não pode ser uma palavra vazia em contratos milionários de serviços essenciais. Cabe agora aos órgãos de controle e à sociedade civil exigirem respostas. Afinal, quem paga essa conta é o cidadão.